Citações

  • Citado em: OLIVEIRA, Bruno. A ciberpoesia como expressão. Disponível em: https://faziapoesia.com.br/a-ciberpoesia-como-express%C3%A3o-6fe754d6bba5 

"Essa antítese pode ser vista na poesia de Gláucio Aranha (provavelmente o maior expoente desse movimento no Brasil):

(i) o uso da repetição, como se fosse uma máquina, como algo que dita o ritmo do poema e da vida das pessoas;
(ii) o uso de expressões de falta (“sem autonomia”, “pores-do-sol não vividos”, “aquém do aquém” etc.) para destacar o que foi perdido com a tecnologia;
(iii) a criação de figuras que representem o “novo normal (“desi(e)nformados”, “mosaico de metástases” etc.), às vezes dando novos significados a essas novas relações.

Os poemas de Gláucio denunciam os males que a revolução tecnológica causa em nós.

Megamediatrends
por Gláucio Aranha

Silenciosos e pacatos seguem como rés e como res*. Já sem discernimento, com contentamento. Já sem autonomia, com entretenimento.
Silenciosos e pacatos vão como se a um leilão: seu labor por uma oferta muitas vezes feita às pressas.
Silenciosos e pacatos trocam: pores-do-sol não vividos, paisagens para os sentidos por um copo refrescante com padrão transnacional. Extensões do ser humano ou, possível, mero engano: os olhos em multicor vidrados no monitor.
Silenciosos e pacatos estão: digitando seus segundos, aquém do aquém do mundo. Naufragados entre amigos, que escondidos, permanecem como signos, sem ter ouvidos, sem ter braços ou sorrisos quando é preciso; apenas a procissão de informação simulando integração.
Silenciosos e pacatos estão desi(e)nformados, num mosaico de metástases unificados, devorando e devorados. Silenciosos e pacatos somem."


  • Citado em: TEIXEIRA, Pedro. Cyberpunk. DIVERARTE – Diversão & arte para qualquer parte. Disponível em: https://vozesfemininas.wordpress.com/

É citado o poema Megamediatrends 

  • Citado em: BOSCATTO, Eli. A cultura cyberpunk - os rebeldes da era digital. Por trás do espelho. Disponível em: http://lounge.obviousmag.org/por_tras_do_espelho/2015/05/cultura-cyberpunk---os-rebeldes-da-era-digital.html

Nas artes visuais podemos destacar o ótimo trabalho do ilustrador japonês Shohei Otomo que combina arte tradicional com um estilo moderno. E até mesmo poesia como esta de Glaucio Aranha:

Megamediatrends

Silenciosos e pacatos seguem como rés e como res*. Já sem discernimento, com contentamento. Já sem autonomia, com entretenimento.

Silenciosos e pacatos vão como se a um leilão: seu labor por uma oferta muitas vezes feita às pressas.

Silenciosos e pacatos trocam: pores-do-sol não vividos, paisagens para os sentidos por um copo refrescante com padrão transnacional. Extensões do ser humano ou, possível, mero engano: os olhos em multicor vidrados no monitor.

Silenciosos e pacatos estão: digitando seus segundos, aquém do aquém do mundo. Naufragados entre amigos, que escondidos, permanecem como signos, sem ter ouvidos, sem ter braços ou sorrisos quando é preciso; apenas a procissão de informação simulando integração.

Silenciosos e pacatos estão desi(e)nformados, num mosaico de metástases unificados, devorando e devorados. Silenciosos e pacatos somem

Nota: “res” do latim = coisa

Glaucio Aranha: http://letrazcyberpunk.blogspot.com.br/




 

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